PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS
ELISE MELLO
"Entre os Muros da Escola" expõe a visão francesa do choque de civilizações.
A carga de realidade é uma característica marcante do filme.
Filme: Entre os Muros da Escola.
•Como transitamos entre tantas culturas diferentes?
Na cena do filme identifiquei os seguintes conceitos:
•Identidade;
•Princípios morais;
•Conflito;
•Discriminação;
•Etnias;
•Autonomia;
•Diversidade;
•Autoria;
•Aprendizagens
•Convivência
• Percebemos a discriminação na fala dos alunos que se sentem inferiorizados e podemos destacar o nível de preconceito frente às diversas etnias.
O filme nos estimula, assim como François a seus alunos, a fazer um auto-retrato: da nossa sociedade e do nosso papel nela, das infinitas teias de relações, algumas construtivas, outras destrutivas e outras indiferentes.
A criança, em sala de aula, não é uma ‘tabula rasa’, pois traz uma carga cultural étnica transmitida pela família. O aluno negro possui uma estrutura lógica, que é mitológica, isto é, decorrente da mitologia afro-brasileira; ele possui uma cultura de origem africana, que, no encontro com a cultura escolar de cunho europeu, muitas vezes é reprimida [...] A criança negra brasileira, devido ao condicionamento sociocultural de um ideal de beleza e padrões culturais europeus introjetados pela colonização portuguesa, desenvolve a auto-imagem e autoconceitos destorcidos e de baixa autoestima. Consequentemente ela será um adulto com problemas de identidade e de autovalorização. (PARÉ, pág. 29 e 110 – 2000)
Com o trabalho do auto-retrato, o professor preocupou-se em trabalhar:
O conflito é resultante da diversidade étnico-racial existente naquela sala de aula.
Essa diversidade precisa ser trabalhada, desde os primeiros anos da criança na escola, segundo Paré:
Frente ao papel que a escola deveria exercer cito Gadotti que nos traz a seguinte reflexão:
A diversidade cultural é a riqueza da humanidade. Para cumprir sua tarefa humanista, a escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas além da sua. A autonomia da escola não significa isolamento, fechamento numa cultura particular. Escola autônoma significa escola curiosa, ousada, buscando dialogar com todas as culturas e concepções de mundo. Pluralismo não significa ecletismo, um conjunto amorfo de retalhos culturais. Pluralismo significa sobre tudo diálogo com todas as culturas, a partir de uma cultura que se abre às demais. (GADOTTI, pág. 119 – 2001)
• As diversas etnias da turma;
• As diversidades de raças e valorizou suas identidades;
• No caso da aluna Angélica que desafia o professor com a frase: “de fato as nossas vidas não interessam a vocês, nós não temos grande coisa a dizer”, demonstrando a falta de auto-estima;
• A importância da autoria e do aluno construir suas aprendizagens através da sua história;
Nesta escola não há um trabalho de inclusão desses alunos, eles se preocupam com o rigor da disciplina, mas acabam esquecendo-se dos princípios morais, para que fossem minimizados os conflitos de convivência ali existentes o que poderia levar a uma educação inclusiva.
Cito a Ana Carolina Christofari, que em seus estudos nos direciona frente a este olhar que devemos assumir.
A democratização da escola não significa apenas livre acesso de todos à escola, significa um avanço social em termos de valorização dos sujeitos, de ampliação do acesso aos conhecimentos históricos, científicos e sociais. A universalização da escola é possibilidade de diálogo entre diferentes visões de mundo, de trocas interpessoais enriquecidas pela diversidade humana e possibilita que a escola possa vir a se transformar num caleidoscópio humano, onde a diversidade de cores, de maneiras de ser e de se relacionar sejam elementos fundamentais na constituição de um belo desenho que, quanto mais diversidade, mais belo fica. Desenho esse que se modifica a cada olhar e que, na falta de uma peça, vai perdendo o brilho, a graça. A ‘escola caleidoscópio’ permite movimento, lugares mutáveis, imprevisíveis, possibilita o sujeito ser diferentes outros, se constituir de várias maneiras sem deixar de ter seus saberes legitimados, podendo mostrar diariamente, diferentes faces. (CHRISTOFARI, pag. 14 – 2008)
Esta postagem foi feita depois de realizada a atividade da Interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II.
Crescemos com os acertos e erros que fazem parte da nossa vida e que só através deles temos o aprendizado.
A aprendizagem faz parte da nossa vida, sempre estamos aprendendo, onde quer que estejamos. Cada dia tem um aprendizado.
Eu por exemplo, sempre utilizei a tecnologia no meu trabalho, quando trabalhava em uma empresa e facilitava muito a minha vida, pois trabalhava no departamento comercial e vendia produtos personalizados para todo o Brasil, utilizava e-mail, corel draw e outros recursos para enviar o layout dos produtos aos clientes e até para contatá-los.
Quando iniciei no magistério não imaginava estes recursos em sala de aula, mas com o curso está sendo um grande aprendizado unir a minha experiência anterior, com a tecnologia e hoje a sala de aula e o curso de Pedagogia à Distância.
E compartilho este aprendizado, sempre que tenho oportunidade com os colegas de trabalho, amigos e familiares.
e Iris nos disseram que iríamos construir nosso conhecimento e quando chegássemos ao meio do curso e olhássemos para trás iríamos poder ver o nosso crescimento e nosso aprendizado analisando o nosso pensamento e nossos trabalhos de início de curso e hoje nossa visão, percepção e conhecimento adquirido em final de curso.
E assim, em sala de aula também, ocorre com nossos alunos, eles chegam com uma visão e percepção e ao longo do ano vão se moldado, amadurecendo e crescendo com a construção do seu conhecimento.
Ao término do ano, vemos esta evolução.
Analisando o nosso crescimento e desenvolvimento no curso de Pedagogia, lembro de uma das primeiras aulas do Seminário Integrador que as professoras Bea E realmente analisando a atividade da aula 1, que foi refletir sobre a atividade realizada em um do primeiros semestres, lendo percebi a visão que tinha antes e a que tenho hoje.
A questão de se organizar em grupos e trabalhar a distância, utilizando ferramentas como o Wiki, blog entre outros, foi muito significativo para mim.
No início tive uma dificuldade muito grande, pois sempre me senti auto-suficiente e sempre tentei resolver minhas dificuldades no curso, sem ajuda de tutores, pois tenho um bom conhecimento em informática e estes trabalhos com projetos me aproximaram mais dos colegas e mantivemos muitos contatos, discutindo, pesquisando e compartilhando informações. Aprendi muito com isto, não só para aplicar com meus alunos, mas nas minhas situações do cotidiano.
Na minha prática em sala de aula, o meu aprendizado com o curso tem sido muito útil, tornando as aulas mais atraentes, descontraídas e despertando o interesse das crianças na construção diária do conhecimento.
• A postagem que selecionei no meu Blog de Portfólio de Aprendizagens, para expressar aquela que eu considero um testemunho do meu nível de excelência no Eixo VI, refere-se à postagem chamada Aprendizagens.
A cena que escolhi explica a aprendizagem que construí no semestre partindo do princípio que todos devem ter acesso ao ensino de qualidade.
Os professores têm o dever de assegurar aos alunos uma educação inclusiva, pautada na ética e principalmente voltada ao respeito às diferenças, seja qual for.
• Neste filme atravessamos os muros da escola para falar da sociedade nos dias de hoje, das relações humanas, da noção de autoridade, não só da figura do professor e de como as pessoas se colocam diante dessa autoridade;
Cena selecionada.
A aluna Angélica na cena do auto-retrato
observa: “ de fato as nossas vidas não interessam a vocês, nós não temos grande coisa a dizer”. François é obrigado a concordar, pois reconhece muito pouco a clarividência dos alunos, porém, essa confrontação já evidencia que os alunos não são e não querem ser apenas consumidores da escola, mas vão muito além disso, fazem parte e são atores do próprio processo pedagógico.
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